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Sociolinguística: Variação Linguística.

  • Foto do escritor: Jacqueline Cidreira
    Jacqueline Cidreira
  • 3 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de jan. de 2020


A língua é considerada um fato social, pois é um sistema adquirido pelos indivíduos por meio do convívio (por isso dizem que a melhor maneira de aprender uma língua é estando imerso nela). Ademais, é dinâmica e flexível, assim sendo possível cada comunidade ou grupo utilizar um determinado comportamento linguístico, formando, desse modo, as chamadas variações linguísticas.

Cada variação pode ter mudanças semânticas, fonéticas ou lexicais. A variedade linguística não deve ser classificada como algo negativo, pelo contrário, é uma qualidade integrante do fenômeno linguístico. São possibilidades linguísticas de se falar uma mesma língua. (Por que se limitar, não é mesmo?).

Mas como surge uma variante linguística? Visto que, normalmente, o número de falantes de uma língua é imenso, torna-se impossível mantê-la em uma constante. Desse modo, são várias as situações em que surgem as variações linguísticas. Há aquelas que ocorrem por mudanças temporais como, por exemplo, a gradativa mudança da palavra ‘vossa mercê’ até se transformar em ‘você’. Sendo essa uma comparação diacrônica da língua.

Há as variações lexicais geográficas que estão relacionadas às diferenças linguísticas entre falantes de uma mesma língua, mas de origens geográficas diferentes. Por exemplo, talho em Portugal, açougue no Brasil. No Nordeste, macaxeira e no Sudeste, mandioca. E as variações fonéticas que são pronúncias variadas de uma mesma palavra em diferentes regiões como ‘méladu’ no Nordeste e ‘mêladu’ em São Paulo.

Em seguida, as variações relacionadas com o contexto e a estilística, em que o indivíduo adéqua sua forma de expressão de acordo com a finalidade formal, informal, familiar ou coloquial. E, por último, as variações que são motivadas por diferenças socioeconômicas, sexo, idade e ocupação profissional, surgindo gírias e jargões científicos.

Isso mostra que cada indivíduo usa a língua de uma determinada maneira para se situar em uma classe e fazer parte de um determinado grupo. Por isso, é impossível separar a língua do comportamento social. Linguagem, cultura e sociedade caminham juntas.

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